terça-feira, 21 de maio de 2013

Veja x Época

Reportagem de capa das nossas principais revistas semanais.
Hoje, na banca, vi lado a lado a edição desta semana de cada uma das duas principais revistas semanais que  temos no país: Veja e Época. A reportagem de capa das duas era a mesma: a mastectomia preventiva realizada pela atriz Angelina Jolie. Não li a reportagem de nenhuma das duas, mas pelo que conheço de ambas, já dá para imaginar que passarei raiva com uma delas. Enquanto uma, do alto de sua soberba, já impõe logo na capa o que vem a ser certo, a outra coloca o tema na mesa e faz perguntas.
Este é um assunto novo em nossa sociedade. O método de detecção apenas apareceu em nossa ciência e a decisão de Angelina é nova ao público. Será que já temos informações e conceitos elaborados o suficiente para se dizer que isso é certo ou errado? Melhor, será que precisamos discutir isso? Ou será que cabe a cada mulher decidir isso para si?
Mais um assunto para se pensar...
Enquanto isso, ficam aqui alguns links com abordagens bem interessantes sobre o assunto:


domingo, 19 de maio de 2013

Veja quer tumulto

Índios Mundurucus invadem o canteiro de obras da usina de Belo Monte. Ação foi fator motivador da reportagem "Índio Quer Tumulto", escrita por Otávio Cabral e publicada na revista Veja. (foto Lunae Parracho/Reuters)
Semana passada, depois de muito tempo, comprei um fascículo da revista Veja (edição de 15 de maio de 2013). Como sempre tem muita abobrinha, mas a que mais me revoltou foi a reportagem “Índio quer tumulto”, de Otávio Cabral (a reportagem pode ser lida aqui e aqui).
Eu entendo a crítica que o autor faz às ONGs e aos ativistas que lutam contra tal obra faraônica e não quero entrar nessa discussão aqui. Eu normalmente sou uma pessoa que se apega aos detalhes e tem uma frase nesta reportagem que me chamou a atenção: “Mas um problema com o qual os construtores não contavam é o que vem dando mais trabalho agora: as invasões do canteiro de obras [...] executadas por índios[...]”. Uma afirmação dessas só pode ser brincadeira; ou este repórter é um moleque de 15 anos ou não tem profissionalismo algum na hora de escrever seus textos. Não é possível que esse cara não se lembre da índia Tuíra? Eu era um pré-adolescente naquela época, mas me lembro bem dela e de seu facão no 1º Encontro dos Povos Indígenas do Xingu, realizado em Altamira (PA), em Fev/1989. Não é possível que os construtores (e esse repórter) realmente achavam que os índios (e as ONGs, os movimentos sociais, etc.) iriam ficar parados na plateia assistindo a construção desse behemoth sem fazer nada? Simplesmente mudar o seu nome não resolve a questão dos índios. Até o nosso ex-presidente Luiz Inácio já se colocou contra a sua construção (apesar de ter mudado de ideia depois), por que os indivíduos realmente afetados por ela não poderiam lutar pelo que acham correto?
Índia Tuíra desafia o presidente da Eletronorte, José Antonio Muniz, durante o 1º Encontro dos Povos Indígenas do Xingu, enquanto ele apresentava sobre a obra de Belo Monte.
Esses construtores e seus políticos têm muita sorte que os nossos índios não têm um cacique como foi o chefe sioux Touro Sentado em sua juventude, senão o facão de nossa índia teria voltado manchado para casa.
Tuíra (dir), líder da tribo indígena Kayapó, fala para Aloysio Guapindaia (esq.), diretor da Funai, durante audiência pública na Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal, em Brasília (DF) que discutiu a implantação de Belo Monte em Dez/2009. (AP Photo/Eraldo Peres)
Não sei por que eu ainda insisto em comprar essa revista!

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Dragonriders of Pern

Capa da primeira edição de "Dragonflight"

Há algumas semanas eu terminei de ler os dois primeiros livros escritos por Anne McCafrey para a sua série Dragonriders of Pern: Dragonflight e Dragonquest.

Infelizmente eu não achei uma edição brasileira para esses livros, então acabei lendo uma edição portuguesa, publicada pela editora Livrosdo Brasil, em sua Coleção Argonauta. Para poder acomodar o livro no formato de tal coleção, a editora juntou os dois livros em um só, chamando-o de “O Planeta dos Dragões” e depois o dividiu em três volumes publicados como livros de bolso. Para mim até que foi bom, pois estimulou a ler os dois livros na seqüência. Além disso, o linguajar usado não é tão carregado como o de outros livros portugueses que já li, portanto a leitura fluiu muito bem, prendendo a minha atenção página após página. As mais de 600 páginas dos três volumes foram lidas em menos de três semanas.

Capa da primeira edição de "Dragonquest"
A autora conseguiu, engenhosamente, transformar uma estória com dragões e uma sociedade pré-industrial em ficção científica. Diferentemente de muitos livros de ficção científica da época (o primeiro conto foi escrito em 1967), onde bastava uma grande ideia tecnológica no texto para ele vender, a autora propôs um enredo mais rico e menos tecnologia formando uma grande estória. Obviamente, como em diversos livros da época, neste também se encontram alguns elementos do tipo “lugar-comum”, como a jovem, heroína impetuosa, de espírito independente  desafiando as visões restritivas de sua sociedade medieval; o super-herói macho-alfa que tenta dominá-la, mas vem a apreciá-la no final; e outras coisas do tipo. De qualquer forma a autora os caracteriza bem e os usa para jogar com a tensão e confusão que o seu planeta está vivendo. Além disso, a autora ainda oferece cenas de ação e alguns momentos picantes para enriquecer o imaginário do leitor.

A série completa conta com vinte livros escritos pela autora, cobrindo praticamente toda a história da presença dos humanos no planeta.

Leitura recomendadíssima para quem gosta de fantasia, ficção, intrigas e ação.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

My Little Pony diferente

Eu gosto de ficar vendo sobre pintura digital na internet. Esses dias, enquanto navegava pelo site DeviantArt, acabei passando por um nome que me chamou a atenção:
  • "Twilight Sparkle? Eu acho que conheço este nome. É claro que eu conheço. Ela é uma das personagens da quarta geração da série My Little Pony, da Hasbro. Mas espere um pouco, a ilustração é de uma mulher e não de uma pônei!"
Resolvi clicar para ver melhor. Era a figura de uma mulher, bem sexy, mas também era a pônei mágica Twilight Parkle. O artista foi contratado para fazer ilustrações com apelo adulto das seis personagens principais do universo My Little Pony: Twilight Sparkle, Applejack, Fluttershy, Rainbow Dash, Rarity e Pinkie Pie. O trabalho digital é bonito, de boa qualidade e no estilo manga. A Twilight e a Applejack estão bem legais e acho que são as mais sexy, mas no caso da Applejack chega a ser covardia, pois é muito fácil achar na internet fotos de caipirinhas sexy para usar como referência. A Fluttershy... bem, essa passa. A Rarity e a Rainbow Dash desapontaram; eu esperava mais da interpretação dessas duas personagens. Além disso, achei curioso que na Rarity ele desenhou o chifre mágico, mas no caso da Twilight não, no entanto as duas são unicórnios mágicas. Além disso, a Rarity é a única onde ele desenhou as orelhas de ponei. Agora, a Pinkie Pie eu não entendi: o que o espírito da alegria está fazendo com uma faca ensanguentada na mão?
No começo eu achei que era porque o autor das imagens não conhecia a série, mas depois, vendo os comentários, acho que sou eu mesmo que não entendo nada de arte! :-) De qualquer forma tem também que considerar que este trabalho é uma "comission", ou seja, foi uma pessoa que encomendou e, como o próprio artista explica em um dos comentários, é o requerente que informa como a personagem e a atmosfera onde ela está inserida devem ser. A página do autor no DiviantArt tem mais imagens interessantes, principalmente para quem gosta do estilo. Vale apena conferir, no entanto é importante notar que as imagens não são adequadas para menores (mesmo essas da série MLP).
Ah, para quem não sabe, Pinkanema Diane Pie é o nome completo da Pinkie Pie. Ele aparece no 23º episódio, "The Cutie Mark Chronicles".

sábado, 19 de janeiro de 2013

Visita à escola Impacto Quadrinhos

Klebs Junior ao centro, eu a sua esquerda e Gabriel Rodrigues à sua direita.
Na extrema direita da foto temos a artista plástica Aline Castro.


Semana passada estive na escola Impacto Quadrinhos participando de uma aula de demonstração e depois de uma conversa aberta com Klebs Junior (fundador da escola).

O pessoal da escola é impressionante; desde a atendente Rebeca, passando pelo Guilherme (com quem tivemos aula) até o próprio Klebs. É admirável como todos são agradáveis, aquele tipo de pessoal da qual não se quer sair do lado, é gostoso conversar ou apenas ouvir falar.

Na entrada da escola tem várias revistas ilustradas pelos seus profissionais, algumas até autografadas, mas foi durante a aula que vimos a oportunidade de conhecer a impressionante capacidade desses artistas. Durante a aula, o Guilherme deu uma olhada no material que cada aluno levou e, ao observar o desenho que um deles fez do Hulk, ele resolveu mostrar como se faz. Ele começou com as linhas básicas, apenas com formas geométricas, depois foi aprimorando até chegar num ponto em que começou a passar o acabamento. Em poucos minutos nós tínhamos na lousa branca um desenho impressionante do Hulk que muita gente que se diz artista não seria capaz de fazer num dia inteiro.

Para quem gosta de quadrinhos, games ou mesmo artes em geral, vale a pena acompanhar esta escola e seus profissionais. A escola oferece os mais variados tipos de cursos, como desenho básico, modelagem, modelagem 3D, pintura e outros.